A dança dos deuses está dividido em duas partes, uma histórica e outra de viés analítico. Do ponto de vista histórico, o autor mostra como o futebol não pode ser dissociado da história geral das civilizações. Exemplo eloqüente encontra-se na lógica da sua propagação e rejeição, a partir da Inglaterra, tendo sido bem aceito nos países que sofriam forte influência cultural inglesa, mas nunca devidamente incorporado em países que constituíram o império, como Austrália e Canadá. A própria evolução das regras e das táticas do esporte responderam, é fato, a necessidades específicas do jogo, mas também só podem ser entendidas em contextos de adaptação do futebol às mudanças no mundo. Na segunda parte, Franco Júnior procura investigar o esporte como metáfora sociológica, antropológica, religiosa, psicológica e lingüística. Somos levados a pensar, por exemplo, sobre os diferentes usos políticos do futebol, seja por regimes autoritários ou democráticos.