O objeto central deste livro é o processo de precarização do trabalho docente numa perspectiva histórica, perfazendo, no campo teórico, a defesa de que os historiadores voltem seus olhares aos professores como sujeitos do trabalho, e não apenas do ensino. Realizada à luz da História Social do Trabalho, a pesquisa que lhe deu origem contou com a participação de 128 professores em atividade e 3 aposentados, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. As categorias históricas do processo partiram do tripé “salários, jornadas e contratos”, ratificando hipóteses de que os professores estão cada vez mais pauperizados e explorados, com jornadas intensificadas e condições de instabilidades contratuais agudas. Somados ao tripé histórico, desvelaram-se elementos mais recentes do processo de precarização, como o avaliacionismo, a violência, o adoecimento e a crise de mobilização da categoria, marcos da política neoliberal adotada pelos governos estaduais na gestão educacional desde os anos