Em seus noticiários internacionais, a grande imprensa brasileira se aproveita da pouca familiaridade e do distanciamento espacial do público em relação aos acontecimentos para tentar impor uma determinada ideologia geopolítica. De maneira geral, as grandes potências globais, sobretudo os Estados Unidos, são representadas positivamente nos principais jornais, revistas e emissoras de televisão. Por outro lado, nações consideradas como “inimigas” do Ocidente – como Irã, Rússia e Coreia do Norte – são apresentadas de maneira negativa, por meio de narrativas tendenciosas e enviesadas. Consequentemente, determinadas intervenções militares, ações estatais, mobilizações populares ou violações aos direitos humanos podem ser interpretadas de maneiras diferentes, dependendo de quem as pratica. Diante dessa realidade, compreender a linguagem utilizada pelos meios de comunicação e o funcionamento básico do maquinário midiático significa não ficar refém de um enquadramento noticioso que busca explic