Este livro apresenta uma etnografia de caráter comparativo das relações entre empregadas domésticas e seus empregadores, no Brasil e nos Estados Unidos. Com foco no entendimento das maneiras específicas com que empregadores contratam, interagem, e discutem a respeito de suas empregadas domésticas, a obra almeja alcançar um maior entendimento da reprodução e legitimação da desigualdade e da influência da ideologia econômica neoliberal nos dois países.
O estudo apresenta uma tipologia binacional de empregadas domésticas, uma análise histórica das transições históricas no emprego doméstico nos dois países e um estudo dos fatores econômicos influenciando o trabalho doméstico. A conclusão propõe que apenas um continuum recomeço, com relações “tradicionais” e afetivas, enraizado em relações sociais desenvolvidas em sociedades pré-capitalistas, e tendendo a relações mais “racionalistas” e impessoais pode explicar uma grande parte do desenvolvimento da profissão nos dois países.
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