Zanetti é filho do pós-guerra, nascido em 1946.
Da geração bomba atômica, a vida por um fio.
Consciência política de esquerda desenvolvida à sombra da cultura, do teatro, da música, do cinema, de deus e o diabo na terra do sol, Fellini, Nino Rota, Ennio Morricone, 1966 já empolgado pela Ação Popular (AP), organização revolucionária nascida do ventre da Igreja Católica, na sequência marxista-leninista.
Era também, sempre foi, o homem que amava as bicicletas e que adorava se apaixonar, uma paixão em cada esquina.
Que gostava das alturas, acostumado a ser alpinista no Marumbi.
Da capoeira, do futebol.
Da poesia: tímido, quando não conseguia se declarar, danava-se a fazer versos para a paixão da hora.
Do bom humor, do sorriso permanente.
Nas ruas de Curitiba, dirigente estudantil, viveu 1968 intensamente, o ano que não terminou.
Depois, a vida dá um giro completo, envolvimento total na militância clandestina, São Paulo, existência girando em torno de AP, enviado para a Bahia com d