De 2010 a 2020, mais pessoas participaram de protestos do que em qualquer outro momento da história da humanidade. No entanto, como resultado, não estamos vivendo em sociedades mais justas e democráticas. A década da revolução perdida, do jornalista Vincent Bevins, é um trabalho de história emocionante, construído em torno de uma questão única e vital: Como tantos protestos em massa levaram ao oposto do que eles pediam? Da chamada Primavera Árabe ao Gezi Park, na Turquia, do Euromaidan, na Ucrânia, às rebeliões estudantis no Chile, até as jornadas de Junho de 2013 no Brasil, Bevins apresenta um relato detalhado dos movimentos de rua e suas consequências. Ele se baseia em quatro anos de pesquisa e centenas de entrevistas realizadas em todo o mundo, bem como em suas próprias experiências como correspondente no Brasil, onde uma explosão de protestos liderados por progressistas levou, anos depois, a um governo de extrema direita que incendiou a Amazônia. Uma investigação cuidadosa revela