O livro começa desvendando a abordagem da OMS na década de 1970 e destaca como o conceito de “tradição” foi ao mesmo tempo um obstáculo e um facilitador no desenvolvimento de sistemas nacionais de saúde no sudeste da Ásia
e África. Em cada página, somos conduzidos por um caminho que revela a transformação do conceito de tradição de algo local e culturalmente específico para um elemento universal e operativo em contextos transculturais. A globalização, nesse percurso, se torna não apenas um fenômeno, mas uma linguagem na saúde internacional. À medida que avança para o contexto brasileiro, o autor permite que nos defrontemos com os tumultuados anos de reforma sanitária nas décadas de 1980 e 1990. Para traçar esse percurso, compartilha as memórias das interlocutoras de sua pesquisa, proporcionando ao leitor uma perspectiva única. É possível ver como a valorização das terapêuticas naturais e a emergência das medicinas tradicionais convergiram com o cenário político da ditadura militar, dei