Um senhor idoso, severo e mal-humorado que acredita que ele e seu filho são as últimas pessoas virtuosas no mundo. Seu irmão, um homem político, generoso e boa-praça, que acha possível ser, ao mesmo tempo, pai e amigo do filho. Dois jovens, criados por pais e pedagogias diferentes, mas que igualmente lhes ocultam embaraçosas aventuras amorosas. Um escravo mentiroso e debochado, que diverte a si e ao público enganando o velho severo.
Encenada pela primeira vez em Roma em 160 a.C., Os Adelfos foi a última comédia do jovem dramaturgo Públio Terêncio Afro, que morreria um ano depois, aos 36 anos. Recheada de enganos, linguagem popular, trocadilhos, humor físico e ironias para com suas personagens e tradições cômicas, Os Adelfos (Os Irmãos, em grego) também pode trazer questões atemporais: há uma forma mais segura para educar um filho? Quais os limites para a severidade ou liberdade empregados por um pai? Sua trama, enganosa e oscilante, constantemente deixa o espectador — ou leitor — com