O que se mira na leitura sequencial ou intercalada de todos esses breves e simbólicos registros "taquigráficos", aos moldes de crônicas e pequenos ensaios, é traduzir, em linguagem acessível e menos "academicista", uma "teoria" sobre a natureza e a mecânica do modelo político brasileiro atualmente em vigência (de raízes seculares), ofertada em doses "homeopáticas" e propositadamente ligeiras, de descomplicada e decifrável modulação, em contribuição a uma conscientização mais refinada do leitor a respeito do nebuloso cenário em que está, conjuntural e estruturalmente, inserido, seus riscos e ameaças inerentes. Se a Operação Lava Jato serviu para expor, à luz do dia, às massas traídas, as entranhas putrefatas do tradicional e antirrepublicano consórcio ("mecanismo") instalado no poder, em complemento o mandato de Jair Bolsonaro, com todos os episódios a ele inerentes – da eleição de 2018 à derrota de 2022 –, evidenciou a falsidade do espírito democrático dessas mesmas e carcomidas elites