Este livro de Diogo Roiz escrutina um tema candente em inúmeras reflexões historiográficas contemporâneas, centradas no debate em torno da narrativa histórica e das relações entre a História e a Literatura. Revela o quanto as fronteiras – se é que existem no plano da escrita – são permeáveis e impõem à pesquisa histórica o trânsito obrigatório pela textualidade e pela discussão sobre a referencialidade e a ficcionalidade presentes no discurso dos historiadores.
Ele parte da análise a respeito do impacto e dos desdobramentos vividos com o advento da linguistic turn para em seguida tratar da emergência do contextualismo inglês nos estudos históricos, devotados ao problema da narrativa, conferindo uma contribuição que ocupa um lugar de destaque nos estudos existentes; além de deslindar convergências e distanciamentos nos aportes teóricos constituídos e examinar instrumentais metodológicos adotados por diferentes historiadores em vários estudos históricos lapidares a respeito do tema.